"(...) Viver ,
como talvez
morrer , é recriar-se: a vida
não está aí
apenas para ser suportada nem vivida , mas
elaborada. Eventualmente
reprogramada. Conscientemente executada.
Muitas vezes , ousada . Parece
fácil : "escrever
a respeito das coisas
é fácil ", já
me disseram. Eu
sei. Mas não
é preciso realizar
nada espetacular ,
nem desejar nada excepcional . Não é preciso nem mesmo ser brilhante , importante , admirado. Para viver de verdade , pensando e
repensando a existência , para
que ela
valha a pena , é preciso
ser amado ; e amar ; e amar-se. Ter esperança ; qualquer
esperança . Questionar
o que nos
é imposto , sem
rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez .
Saborear o bom ,
mas aqui
e ali enfrentar
o ruim . Suportar
sem se submeter ,
aceitar sem
se humilhar , entregar-se sem
renunciar a si
mesmo e à possível
dignidade . Sonhar ,
porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais
valerá a pena . Escapar ,
na liberdade do pensamento ,
desse espírito de manada
que trabalha
obstinadamente para
nos enquadrar ,
seja lá no que
for. E que o mínimo
que a gente
faça seja, a cada momento ,
o melhor que
afinal se conseguiu fazer ."
Ser diferente, pensar fora da caixinha, ser único, hoje é quase um dom. Mas pra mim, algo que ainda é o difencial, o que faz com que certas pessoas se destaquem e outras não, é o talento. Um dom que você nasce com. É algo que se tem ou não.
ResponderExcluirÉ um tema recorrente esse "o que é viver", poetas, pintores e escritores volta e meia tentam explicar, através de sua arte, o significado de tanta vida, o motivo da existência.
ResponderExcluirMe veio agora a imagem da pintura de Paul Gauguin: "De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?" Viver é responder a essas perguntas, ou simplesmente questionar-se sobre elas?
Nathália Oliveira
Adoro a Lya Luft. Estava precisando ler uma pílula de sabedoria essa semana mesmo.
ResponderExcluirIdentifiquei-me muito com a parte do sonho. O ser humano vive plenamente quando vai de um sonho a outro. Sem os sonhos, forma-se um vazio em nossa existência, um vácuo que pode transformar-se em um buraco negro e sugar toda a luz.
Mas o que fazer quando se tem vários sonhos ao mesmo tempo?
Trazendo essa reflexão para a nossa - pelo menos para a minha - realidade, me lembro que a data da escolha das habilitações se aproxima. Sou forçada a escolher apenas um sonho. Não acho justo. Mas quando a vida já foi justa? Escolhi o meu caminho e darei o melhor de mim. Porém as palavras que ficarão marcadas em minha mente para sempre, "E se?"
Viver exige esforço. Como escrever, como aprender a andar de bicicleta, como nadar. Exige uma dedicação para que não nos tornemos meros espectadores da vida. A cada braçada, a cada gota de água que sai da piscina quando batemos a perna, a cada respiração, o cada quanto de ar que entra (e sai) de nossos pulmões todos os dias, a cada tristeza, a cada alegria. A gente cresce. Por vezes conseguimos a medalha de ouro, em outras vezes, nem tanto, perdemos o fôlego. A vida é meio altos e baixos, vitórias e derrotas. Gente que vem, gente que vai, como diria poeta. Um dia se ganha, noutro se perde. Fica dor, fica aprendizado, fica felicidade. Ótimo, sinal de que estamos vivendo. Estamos passando pela vida (e não o contrário).
ResponderExcluir" Parece fácil ". Realmente parece. E a causa do parecer é a mesma do ser difícil: o que está intrínseco em nós.
ResponderExcluirPara nós, questionar o que nós é imposto é uma rebeldia insensata porque desde sempre somos condicionados a aceitar. Para nós é tão óbvio que a vida deve ser recriada, porque desde sempre ela nos é empurrada de forma que acreditamos estar fazendo isso. Será que estamos? Para nós parece fácil ter esperança, porque mesmo quando não temos mais, nos ensinaram que a esperança é a última que morre.
Mas será que é fácil pensar? Será que é fácil nos criticar? Observar a nos e nos questionar?
O difícil é nos conhecer. O difícil é se reinventar. O difícil é nos livrar de tudo que nos é imposto, de tudo que faz parecer fácil, o difícil é achar O QUE é difícil.
Excelente texto da Lya Luft! Porém, ela que me perdoe mas escrever a respeito das coisas não é fácil. Pelo contrário, é uma tarefa mais do que difícil. Cada vez que vou escrever aqui no blog é um desafio diferente. O pensamento funciona muito mais rápido do que minha habilidade de escrita ou até mesmo de coerência. Organizar tudo e encontrar palavras pra expressar uma opinião é , no mínimo, complicado. Quanto ao restante "Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez..." achei belo. Cada um tem uma opinião sobre o que é "viver de verdade", mas creio que a dela foi bem coerente, assinalando os pontos bons e os nem tão bons, mas que são inevitáveis.
ResponderExcluirNão vale a pena viver dando atenção a vida de outras pessoas ou se importando em seguir algum modelo de felicidade que a sociedade tenta impor ao nosso inconsciente.Ame quem quiser e da forma que quiser. Ame a si mesmo, apesar dos muitos defeitos que vê em você ou modelos que quer alcançar e não consegue e se sente frustrado por não atingi-los.Seja você mesmo, até quando disserem para não ser.Sonhe bem alto e nunca pare, mesmo quando falarem que é impossível.Sorria, por que algumas vezes um sorriso pode tornar a vida bem melhor.Para mim, isso é viver.
ResponderExcluirVanessa Neves
Viver é busca. Alcançar o que é melhor para nós e para os que amamos. É destribuir por aí o que há de melhor em nós. Ter tempo para aproveitar coisas boas, em vez de gastar nossas preciosas horas nos aborrecendo. É fazer de todos os nossos dias, um dia feliz! E não planejar, planejar e planejar sem perceber que o melhor momento para ser livre e faliz é o presente.
ResponderExcluirEsse post me lembra um trecho de um poema de Fernando Pessoa que eu gosto muito:
"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"
sempre me questiona sobre o que parece fácil é o mais dificil... pensar fora da caixinha é dificil, se expor é dificil, enfim acoradar de manhã e levantar da cama é dificil... a vida está aí para nos jogarmos nela de cabeça estamos aqui de passagem então para que essa passagem seja bem aproveitada temos que quebrar algumas regras, temos que rir de nós mesmos e viver cada dia como se fosse o último.
ResponderExcluirÉ muito parecido com o comentei no outro post: se enquadrar. Não utilizei a palavra, mas de outra maneira descrevi o que seria fazê-lo. Na sociedade em que vivemos é fácil seguir um padrão, mas isso não quer dizer que devemos nos excluir da sociedade, afinal precisamos dela para viver, o que podemos é transgredir e criar nós mesmos. Atingir nossos desejos mudando a sociedade e não excluindo.
ResponderExcluirEncaro transgressão uma forma muito inteligente para quem almeja uma mudança. Mudar os hábitos, os costumes, o trivial e tudo aquilo que nos incomoda. E o que não nos incomoda também! Temos que violar a barreira de segurança que nos impomos e que muitas vezes nos puxam pra tras justamente pelo medo do novo, do diferente.
ResponderExcluirAcredito que o ser humano sempre tem que buscar evoluir, e pra que essa evolução ocorra, é necessário que algo mude. Talvez pra melhor, talvez pra pior, mas necessariamente, precisa mudar. Como o João disse, e como você faz questão de nos lembrar pelo menos duas vezes na semana: é necessário sair da caixinha, pensar diferente e transformar o que queremos mudar na mudança que queremos ser, ver e sentir.
Quem disse que a felicidade se encontra nas pequenas coisas da vida está completamente certo! Nem sempre precisamos ser o melhor em tudo, mas sim dar nosso melhor em todas as situações. Sonhar com aquilo que queremos de fato, nem que seja algo pequeno e simples, mas que isso nos traga a felicidade, nos coloque um sorriso no rosto e nos preencha de satisfação. Não é isso que buscamos? Aqueles que acreditam que a felicidade está longe e é inalcançável não sabe valorizar aquilo que tem ao seu redor.
ResponderExcluirO texto é muito bonito, mas essa imagem me colocou pra pensar muito. O que ela me diz é: como é difícil sair do nosso mundinho. Estamos sempre, muitas vezes sem perceber, rodeados pelas mesmas coisas, pelas mesmas pessoas, com uma rotina de sempre. Quantas vezes tentamos mudar alguma coisa em nós mesmos? Quantas vezes saímos do nosso mundinho pra conhecer novos olhares? Estamos sempre muito acomodados. Monalisa também, tadinha. Eu olho pra essa foto e penso "que estranho". Claro, estou acostumada a ver da forma que ela sempre esteve, lá, paradinha dentro do quadro. É a mesma coisa com a gente. Temos receio de ouvir um "que estranho". Temos medo de mudar, mesmo que saibamos que é para melhor. A nossa moldura, diferente da de Monalisa, é muito maior.
ResponderExcluir"entregar-se sem renunciar a si mesmo" - é essa toda a fonte da minha busca pessoal. foi basicamente isso o que eu quis dizer na minha apresentação de g1. Não é possível se encontrar, sem buscar. Não é possível se encontrar na confusão da busca, sem aquilo que se achou enquanto se buscava - sem isso, fica só a busca- sem mim.
ResponderExcluirTextos assim fazem pensar. Dá vontade de perguntar pra sí próprio se a vida está tendo sabor o suficiente, ou se vale a pena rever, repensar, resonhar, reprogramar ou desprogramar. Muito bonito
ResponderExcluirViver é muito diferente de existir. Esse texto me passou essa mensagem, precisamos de paixão pela vida. Não podemos nos acomodar. Viver é ultrapassar seus limites, é recriar-se sempre, é amar, é cair e levantar, Viver é acordar num domingo de manhã e poder ouvir um canto de sabiá. Não é preciso ser um astro para poder encher a boca e dizer que soube viver. Tudo está na paixão pela vida, no encantamento que temos por ela. A vida é uma brincadeira de verdade, é um eterno retorno, um ciclo de criação. E nesse ciclo sem fim (haha me lembrei de Rei Leão) precisamos sempre buscar o novo em nós mesmos, para não cairmos na rotina, na mesmice, na chatice, e passar a simplesmente existir, sobreviver.
ResponderExcluirO copiar e colar é muito mais cômodo do que o pensar. Fazemos o primeiro sem nem nos darmos conta. É aí que mora o perigo, que vive a rotina, o banal o sem graça. O que dá beleza a vida é o criar o sentir, o se esforçar, inventar e principalmente o pensar ! E quando a vida estiver chata, estivermos sem vontade de viver o dia-a-dia por que não mudar ?
ResponderExcluirNada é fácil. Viver não é fácil. Existir,ocupar um espaço,isso é fácil. Mas fazer valer a pena,essa é a questão! Uma música que sempre me lembra que viver com amor é melhor é Permanecer no Amor.
ResponderExcluir"...Só o amor
Tudo perdoa, tudo crê.
Tudo espera, tudo suporta.
Quem ama vive
E permanece no Amor
Tudo ensina, tudo vê.
Tudo restaura, tudo conforta.
Somente vive
Quem permanece no Amor".
Tanta gente fica presa ao reconhecimento, ao que o outro vai pensar, e muitas vezes esquece de viver a própria vida.
ResponderExcluirDe que adianta todos dizerem que você é um homem ou uma mulher de sucesso, se no íntimo, antes de dormir à noite, você não está feliz? Ou se ao se olhar no espelho, pela manhã, não dar nem um sorriso pensando no dia que tem pela frente? (Eu sempre me lembro do discurso do Steve Jobs)
"(...) é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança."
É, nós sempre passamos por fases boas e más, mas o importante é estar em paz. Amar, amar, amar, ter carinho pelo próximo e, principalmente, cuidar de si mesmo.
A dois dias atrás recebi um conselho que foi muito importante para a minha maneira de me portar perante o mundo. Um mestre me falou que sempre iria haver pessoas que não iriam gostar de determinadas atitudes minhas, mas que não era para eu me preocupar com isso, pois essa é a vida.Durante muito tempo eu segui caminhos que não eram meus, falei coisas que não queria apenas para não ser grosseira, me calei quando eu deveria falar, ou falei demais quando deveria ouvir muito mais. Hoje não, eu me assumi dona da minha história. Da minha vida. Sempre vão haver pessoas que não iram gostar de minhas posições, pensamentos, atitudes. Outras vão me julgar pelo aparência, o que acham que eu sou. Outras vão me entender por se acharem parecidas comigo. Sinceramente, não estou me importando mais. Agora eu vivo da maneira que eu quero, assumindo os meus compromissos, deixando de lado aquilo que não cabe mais em minha existência, cultivando os verdadeiros amigos e esquecendo aqueles que são apenas a embalagem perfeita de melhores amigos.
ResponderExcluir