Fernando Pessoa. Arte: Desenhando com partituras, de Erika Iris
Tudo que se dá à leitura é texto. Afinar o olhar e saber ler o mundo é poder agir sobre ele, tecendo e destecendo a vida, assumindo a autoria de sua história. Inspirado no poema Ler o Mundo, de Afonso Romano de Santanna (1989), o portal nasceu em 2007 com a missão de mudar a perspectiva do olhar dos meus alunos de Comunicação Social e de Artes e Design da PUC-Rio. E transformou-se numa prática de leitura e de autoria fundamentada na interlocução e na parceria. luizfavilla@gmail.com
Fernando Pessoa não é um sinfonia. Ele é a nona de Beethoven.
ResponderExcluirMas quanto a mim, não sei se posso considerar minha alma uma orquestra. Penso em uma sinfonia como algo equilibrado, certeiro, sóbrio e sem erros. Ao contrário, me vejo como um caos. Não que isso seja ruim. Mas vejo uma ebulição de sentimentos, dúvidas, idas e vindas de opinião. Acho que talvez busquemos ser uma orquestra. E a maioria de nós busca a vida inteira e não consegue achar.
Ninguém é composto só por música, dança, sonhos ou dramas. Somos um pouco de tudo, mas nunca tudo de um pouco. Cada dia vivido é nota, é passo, é o traço ou o despertar. Levamos uma vida inteira tentando desvendar os mistérios do outro. Morremos sem conseguir compreender a pergunta que fazemos constantemente a nós mesmos: Por quê?
ResponderExcluirKarla Freire - 2IC
Não posso falar pelas outras pessoas, mas a minha alma definitivamente tem MUITO de música e dança. E ser assim é ser ora leve, ora pesado. Ora triste, melancólico, ora feliz e vibrante. É trabalhar todas as qualidades do corpo e da mente como uma coisa só.
ResponderExcluirAssim como Fernando Pessoa não identifica que instrumentos tocam nessa sinfonia interior, eu não diferencio corpo, alma e mente quando danço. É tudo uma coisa só.
Nathália Oliveira
A composição da alma deve mesmo ser feita desse mesmo (i)material do qual é feito a música. A palavra falada, cada timbre emitido, cada emoção chorada, cada dança, cada gesto - a alma é composta, num tom atônico, numa harmonia sem regras, num formato amorfo.
ResponderExcluirConcordo com o que disse Fernando Pessoa, que a alma é uma orquestra oculta. Creio que ela seja, sim, uma orquestra, porém não se sabe o que a rege. Só é certo que, assim como na música, é imprescindível que haja uma harmonia. Caso contrário, não é possível viver de forma agradável. Sem a harmonia interior, que é proporcionada pelo equilíbrio de uma série de fatores, o homem não consegue executar bem nenhuma tarefa. Se houver esse equilíbrio interior, é fato que a sinfonia se tornará muito mais agradável.
ResponderExcluirMinha alma é uma orquestra mesmo. Uma orquestra de vozes internas, de vozes externas, do som dos pássaros, do trânsito caótico, da televisão ou do cachorro latindo. Tudo compõe minha orquestra. Pode no final não fazer muito sentido ou produzir um som harmônico. Mas o que importa? Quem a rege sou eu.
ResponderExcluirMinha alma precisa dos acordes para existir. Sou movida a música. É tão bom quando ouvimos uma música q não conhecíamos, nos encantamos e ela passa a fazer parte do interior de nós. Como se preenchesse um vazio. Eu seria mais abençoada ainda se tivesse o dom para a música, acho que eu chegaria a felicidade plena.
ResponderExcluirminha alma no momento está triste precisando de uma melodia bonita para seguir outro rumo.. dentro de mim há uma orquestra oculta q até eu mesma não conheço... minha orquestra está sem harmonia, mas já estou assumindo o controle da minha orquestra e em breve ela estará com uma bela melodia...
ResponderExcluirSem a música não haveria dança e sem a dança a música não teria graça! Juntas formam algo poderoso no corpo de uma bailarina, que flutua em passos coreografados por um palco que parece um campo cheio de flores. A leveza da música e dos movimentos causa uma sensação de paz interior pra quem se apresenta para muitos ou para poucos. MÚSICA E DANÇA SEMPRE LADO A LADO!
ResponderExcluirA alma da bailarina está preparada para receber outras almas. A música que tange os movimentos, entranha na alma de quem os executa, possibilitando um envolvimento profundo com um desconhecido compositor. Ser bailarina significa pegar a música do outro e interpretar com o próprio corpo, emprestar a sua cara à melodia.
ResponderExcluirDançar exige um estado de espírito elevado. É necessário envolver-se com a música que toca, misturando a sua sinfonia com a do outro.
Amei a imagem ! Fui bailarina por dez anos e sinto muita falta. Quando dançava simplesmente sentia a música, ela que conduzia meus passos e juntas (dança e música) se tornavam uma coisa só. Era uma verdadeira terapia para mim ! Principalmente quando tinha apresentação , que em vez de dançar na frente de um espelho, é em frente a uma platéia, no entanto a luz do palco me cegava e tudo que eu via era uma escuridão, o que ,me deixava mais a vontade para ''dançar conforme a música''
ResponderExcluirA música é realmente algo sobrenatural que nos transporta a uma dimensão desconhecida. Ela tem o poder de nos acalmar, acelerar, chorar ou gargalhar. Para sentí-la verdadeiramente é preciso sensibilidade, e quem é mais sensível que a bailarina?
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