Observadores indicam que cerca de metade dos bens cruciais para a felicidade humana não tem preço de mercado nem pode ser adquirida em lojas.
Qualquer que seja a sua condição em matéria de dinheiro e crédito, você não vai encontrar num shopping o amor e a amizade, os prazeres da vida doméstica, a satisfação que vem de cuidar dos entes queridos ou de ajudar um vizinho em dificuldade, a autoestima proveniente do trabalho bem-feito, a satisfação do “instinto de artífice” comum a todos nós, o reconhecimento, a simpatia e o respeito dos colegas de trabalho e outras pessoas a quem nos associamos; você não encontrará lá proteção contra as ameaças de desrespeito, desprezo, afronta e humilhação.
Além disso, ganhar bastante dinheiro para adquirir esses bens que só podem ser obtidos em lojas é um ônus pesado sobre o tempo e a energia disponíveis para obter e usufruir bens não-comerciais e não-negociáveis como os que citamos acima.
Pode facilmente ocorrer, e frequentemente ocorre, de as perdas excederem os ganhos e de a capacidade da renda ampliada para gerar felicidade ser superada pela infelicidade causada pela redução do acesso aos bens que 'o dinheiro não pode comprar.
Esse texto me remete a uma música do Eddie Vedder chamada "Society" que faz parte da trilha sonora do filme "Na natureza selvagem". É incrível como as pessoas vivem em busca de adquirir cada vez mais bens materiais, com a ilusão de que isso as tornarão mais felizes, e estão vivendo para os outros, achando que precisam ter isso ou aquilo para alcançarem um determinado “status” social. Acredito que o essencial para a felicidade humana é o amor. No final, é o que realmente importa. Não adianta termos tudo que a sociedade diz ser essencial para a vida, coisas materiais, se não temos pessoas que amamos ao nosso lado para compartilhar qualquer felicidade que seja. “A felicidade só é real quando compartilhada” – Christopher McCandless
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