Tudo que se dá à leitura é texto. Afinar o olhar e saber ler o mundo é poder agir sobre ele, tecendo e destecendo a vida, assumindo a autoria de sua história. Inspirado no poema Ler o Mundo, de Afonso Romano de Santanna (1989), o portal nasceu em 2007 com a missão de mudar a perspectiva do olhar dos meus alunos de Comunicação Social e de Artes e Design da PUC-Rio. E transformou-se numa prática de leitura e de autoria fundamentada na interlocução e na parceria. luizfavilla@gmail.com
Nossos defeitos quase sempre imperam sobre nossas qualidades. Não é seu belo sorriso que ficará como primeira impressão se houver uma casca de feijão em um de seus dentes. O vídeo serve pra lembrarmos que todos temos defeitos e todos temos coisas das quais nos envergonhamos e as quais queremos mudar ou melhorar em nós mesmos. Mas cabe a nós não deixar que esses negativos se sobressaiam aos positivos. Assim como cabe a todos não esquecer o fato de que todos temos defeitos, e que isso é uma coisa normal e humana.
É realmente curioso como quando descobrimos algo que diminui, que difama ou depõe contra uma pessoa, essa "coisa" passa a SER a imagem, o comportamento e as justificativas para as decisões tomadas por ela. Somos múltiplos, essa ideia de rótulo - tão vendida nos filmes americanoides fartos de estereótipos - é algo que limita o ser humano e a limitação é, para nós, rotuladores de carteirinha, a forma que possuímos de enquadrar todos em moldes, docilizá-los a nossa maneira para que possamos controlá-los e, para tal, há a necessidade de retirar-se a multiplicidade da composição intrínseca do homem. Insisto que a rotulação é fruto do medo e, para mim, como já disse inúmeras vezes, o medo é o que move - ou o que paralisa. O que é uma criança com Déficit de Atenção além de uma criança normal? Ou melhor, que criança não tem TDA? - elas nunca param ! - e é exatamente no exercício da nossa pluralidade, é na versatilidade de cada homem que reside o medo do outro, do desconhecido, do "devir" - "vir a ser" algo que não aparentava há um minuto atrás. Cresci e fui educada durante a infância a andar descalça, a estudar o que me dava prazer e desconhecia a palavra "prova" - não que isso me torne melhor do que os demais, longe disso, cada um sabe de si e todos podemos aprender com as mais diversas experiências - mas isso me faz pensar o por quê de muitos pais hoje abrirem um largo sorriso ao verem seus filhos de 7, 8 anos o dia inteiro numa cadeira de escola decorando a tabuada. Não seríamos nós os inoculadores dos distúrbios psiquiátricos?
Boa pergunta, Yasmim. Vivemos vidas de clichês e é muito difícil se libertar das amarras que a sociedade nos impõem. Mas se quisermos verdadeiramente poderemos voar com nossas asas e iluminar nosso caminho com luz própria. Entretanto, infelizmente há quem prefira o trilho do que a trilha. Depende de nós. =)
Quando eu tinha uns 12, 13 anos, fui a um médico que me receitou ritalina. Felizmente, minha mãe não aceitou. Muita gente acaba sendo rotulada com essas "doenças", quando na verdade estão só passando por uma fase de transição - principalmente na adolescência - em que a cabeça fica um pouco confusa.
As vezes, não é nem questão de passar por uma fase de transição, a pessoa pode ser assim, é o jeito dela. Agora nem podemos ser um pouco diferentes, não podemos ser nós mesmos, e quando somos, somos rotulados. As pessoas não são piores que ninguém por serem elas mesmas. As pessoas são mal compreendidas justamente por essa mania de rotulação. Se está correndo pela sala de aula mais que o amiguinho? Ritalina nela. Gosta de fazer muitas coisas sem parar? Ritalina. Gente, está tudo muito 8 ou 80. Procurar entender o outro, sem pré conceitos, talvez seja algo mais certo. Julgar alguém assim "de cara" é, no mínimo, preguiça de tentar entender o outro. É triste ver esses rótulos sendo tão facilmente colocados nos outros. É questão de aprendizagem, né. E aprendizagem social! Como o Favilla mesmo disse: "é difícil se libertar das amarras que a sociedade nos impões". Mas vamos lá! Não vamos desistir de seguir outro caminho e nos libertar dessas amarras sociais!
Quando era menor tinha muita dificuldade de me concentrar na escola tambem, simplesmente porque eu nao gostava e nao me interessava. E alem disso tudo, os professores nao me mostravam paixao pela materia que estavam ensinando. Fui ao medico e me disseram que eu tinha disturbio de déficit de atenção com hiperatividade, me receitaram ritalina e alem dos efeitos colaterais eu e minha mae concordamos que nao tinha nada a ver tomar. Hoje em dia sou completamente apaixonada pelo o que estudo e focada na faculdade, nao tenho o menor problema de atencao. As pessoas tem mania de rotular e passar remedios como se nao fosse nada, triste.
As pessoas costumam julgar os outros pela aparência. Tem uma história muito bacana sobre isso, é a história do Touro Ferdinando (The Story of Ferdinand - 1936). Inclusive, tenho uma tatuagem dele no braço direito. Ele é um touro que não ia lutar nas touradas da espanha para cheirar flores no campo. Acho essa metáfora muito bonita e me vejo nela, de alguma forma.
Esse vídeo, de certa forma, resume muito a aula que tivemos hoje. Nos emocionamos pelo fato de as pessoas se mostrarem exatamente como são... Obrigada, Favilla, por trazer um pouquinho mais de verdade ao meu dia, e por me fazer encontrar tanta gente boa e linda! :)
Sim, Ana Luísa ! Foi muito boa essa aula... O pior de tudo de rótulos é que às vezes esperamos por alguém para nos libertar, mas não ! Nós temos que tomar essa atitude e descobrir nosso lugar, o lugar da felicidade, como no vídeo que vimos ontem. Precisamos enxergar aquilo que existe por detrás do que as pessoas falam de nós, existe muito mais do que isso que ouvimos. É hora de enxergamos com olhos autônomos aquilo que ninguém vê, temos capacidades maiores do que pensamentos, às vezes só precisamos reconhecê-la para depois desenvolvê-la.
OBS: Gosto muito desses vídeos que falam pouco mas falam muito. Ás vezes, o silêncio de uma propaganda me faz chorar mais que um discurso longo... Muito bom esse vídeo.
A mensagem que eu, em particular, tirei desse vídeo foi que você pode sim escolher como você quer ser reconhecido… Lembro que quando eu fazia ballet eu tinha amigas fantásticas que tinham problemas com anorexia, bulimia e outros transtornos alimentares, mas elas eram fantásticas, mas todos só as viam como "as doentes", esqueciam o quão boas elas eram. Quando elas passaram a cuidar da doença e a mostrar que elas eram mais do que aquilo que as pessoas queriam enxergar sobre elas ficaram reconhecidas como as melhores da cia. Acho que é isso, você pode sim mudar a visão das pessoas, mudar esses rótulos ruins e mostrar o seu potencial, o seu melhor! E o mais importante, todos temos esse poder. Ele se chama potencial. Muito bom vídeo!
Eu acho que esse vídeo reflete bastante como nossa sociedade enxerga o comportamento diferente ou estranho como algo negativo. O nosso padrão de comportamento faz como que o desconhecido se torne um problema, e deva ser rotulado como doença ou algo do tipo. E na verdade, apesar de parecer muito incomum os tipos de comportamento mostrados no vídeo, não é. Todas as crianças e jovens são bipolares, ativas demais para prestar atenção e etc. É muito bonito ver que os jovens hoje, que sofrem desse preconceito da diferença, podem ser vistos de outra forma, uma forma mais positiva. E mais importante ainda que eles acreditem nisso, e se tornem pessoas melhores. Grandes artistas, filósofos, e etc. Seria muito bom se todos enxergassem que não importa como a sociedade te classifica, para que assim cada um possa acreditar no seu potencial e seguir seu caminho sem influências negativas.
Nossos defeitos quase sempre imperam sobre nossas qualidades. Não é seu belo sorriso que ficará como primeira impressão se houver uma casca de feijão em um de seus dentes. O vídeo serve pra lembrarmos que todos temos defeitos e todos temos coisas das quais nos envergonhamos e as quais queremos mudar ou melhorar em nós mesmos. Mas cabe a nós não deixar que esses negativos se sobressaiam aos positivos. Assim como cabe a todos não esquecer o fato de que todos temos defeitos, e que isso é uma coisa normal e humana.
ResponderExcluirÉ realmente curioso como quando descobrimos algo que diminui, que difama ou depõe contra uma pessoa, essa "coisa" passa a SER a imagem, o comportamento e as justificativas para as decisões tomadas por ela. Somos múltiplos, essa ideia de rótulo - tão vendida nos filmes americanoides fartos de estereótipos - é algo que limita o ser humano e a limitação é, para nós, rotuladores de carteirinha, a forma que possuímos de enquadrar todos em moldes, docilizá-los a nossa maneira para que possamos controlá-los e, para tal, há a necessidade de retirar-se a multiplicidade da composição intrínseca do homem. Insisto que a rotulação é fruto do medo e, para mim, como já disse inúmeras vezes, o medo é o que move - ou o que paralisa. O que é uma criança com Déficit de Atenção além de uma criança normal? Ou melhor, que criança não tem TDA? - elas nunca param ! - e é exatamente no exercício da nossa pluralidade, é na versatilidade de cada homem que reside o medo do outro, do desconhecido, do "devir" - "vir a ser" algo que não aparentava há um minuto atrás. Cresci e fui educada durante a infância a andar descalça, a estudar o que me dava prazer e desconhecia a palavra "prova" - não que isso me torne melhor do que os demais, longe disso, cada um sabe de si e todos podemos aprender com as mais diversas experiências - mas isso me faz pensar o por quê de muitos pais hoje abrirem um largo sorriso ao verem seus filhos de 7, 8 anos o dia inteiro numa cadeira de escola decorando a tabuada. Não seríamos nós os inoculadores dos distúrbios psiquiátricos?
ResponderExcluirBoa pergunta, Yasmim. Vivemos vidas de clichês e é muito difícil se libertar das amarras que a sociedade nos impõem. Mas se quisermos verdadeiramente poderemos voar com nossas asas e iluminar nosso caminho com luz própria. Entretanto, infelizmente há quem prefira o trilho do que a trilha. Depende de nós. =)
ExcluirQuando eu tinha uns 12, 13 anos, fui a um médico que me receitou ritalina. Felizmente, minha mãe não aceitou. Muita gente acaba sendo rotulada com essas "doenças", quando na verdade estão só passando por uma fase de transição - principalmente na adolescência - em que a cabeça fica um pouco confusa.
ResponderExcluirAs vezes, não é nem questão de passar por uma fase de transição, a pessoa pode ser assim, é o jeito dela. Agora nem podemos ser um pouco diferentes, não podemos ser nós mesmos, e quando somos, somos rotulados. As pessoas não são piores que ninguém por serem elas mesmas. As pessoas são mal compreendidas justamente por essa mania de rotulação. Se está correndo pela sala de aula mais que o amiguinho? Ritalina nela. Gosta de fazer muitas coisas sem parar? Ritalina. Gente, está tudo muito 8 ou 80. Procurar entender o outro, sem pré conceitos, talvez seja algo mais certo. Julgar alguém assim "de cara" é, no mínimo, preguiça de tentar entender o outro. É triste ver esses rótulos sendo tão facilmente colocados nos outros. É questão de aprendizagem, né. E aprendizagem social! Como o Favilla mesmo disse: "é difícil se libertar das amarras que a sociedade nos impões". Mas vamos lá! Não vamos desistir de seguir outro caminho e nos libertar dessas amarras sociais!
ExcluirQuando era menor tinha muita dificuldade de me concentrar na escola tambem, simplesmente porque eu nao gostava e nao me interessava. E alem disso tudo, os professores nao me mostravam paixao pela materia que estavam ensinando. Fui ao medico e me disseram que eu tinha disturbio de déficit de atenção com hiperatividade, me receitaram ritalina e alem dos efeitos colaterais eu e minha mae concordamos que nao tinha nada a ver tomar. Hoje em dia sou completamente apaixonada pelo o que estudo e focada na faculdade, nao tenho o menor problema de atencao. As pessoas tem mania de rotular e passar remedios como se nao fosse nada, triste.
ExcluirAs pessoas costumam julgar os outros pela aparência. Tem uma história muito bacana sobre isso, é a história do Touro Ferdinando (The Story of Ferdinand - 1936). Inclusive, tenho uma tatuagem dele no braço direito. Ele é um touro que não ia lutar nas touradas da espanha para cheirar flores no campo. Acho essa metáfora muito bonita e me vejo nela, de alguma forma.
ResponderExcluirEsse vídeo, de certa forma, resume muito a aula que tivemos hoje. Nos emocionamos pelo fato de as pessoas se mostrarem exatamente como são... Obrigada, Favilla, por trazer um pouquinho mais de verdade ao meu dia, e por me fazer encontrar tanta gente boa e linda! :)
ResponderExcluirSim, Ana Luísa ! Foi muito boa essa aula...
ResponderExcluirO pior de tudo de rótulos é que às vezes esperamos por alguém para nos libertar, mas não ! Nós temos que tomar essa atitude e descobrir nosso lugar, o lugar da felicidade, como no vídeo que vimos ontem. Precisamos enxergar aquilo que existe por detrás do que as pessoas falam de nós, existe muito mais do que isso que ouvimos. É hora de enxergamos com olhos autônomos aquilo que ninguém vê, temos capacidades maiores do que pensamentos, às vezes só precisamos reconhecê-la para depois desenvolvê-la.
OBS: Gosto muito desses vídeos que falam pouco mas falam muito. Ás vezes, o silêncio de uma propaganda me faz chorar mais que um discurso longo... Muito bom esse vídeo.
A mensagem que eu, em particular, tirei desse vídeo foi que você pode sim escolher como você quer ser reconhecido… Lembro que quando eu fazia ballet eu tinha amigas fantásticas que tinham problemas com anorexia, bulimia e outros transtornos alimentares, mas elas eram fantásticas, mas todos só as viam como "as doentes", esqueciam o quão boas elas eram. Quando elas passaram a cuidar da doença e a mostrar que elas eram mais do que aquilo que as pessoas queriam enxergar sobre elas ficaram reconhecidas como as melhores da cia. Acho que é isso, você pode sim mudar a visão das pessoas, mudar esses rótulos ruins e mostrar o seu potencial, o seu melhor! E o mais importante, todos temos esse poder. Ele se chama potencial. Muito bom vídeo!
ResponderExcluirEu acho que esse vídeo reflete bastante como nossa sociedade enxerga o comportamento diferente ou estranho como algo negativo. O nosso padrão de comportamento faz como que o desconhecido se torne um problema, e deva ser rotulado como doença ou algo do tipo. E na verdade, apesar de parecer muito incomum os tipos de comportamento mostrados no vídeo, não é. Todas as crianças e jovens são bipolares, ativas demais para prestar atenção e etc.
ResponderExcluirÉ muito bonito ver que os jovens hoje, que sofrem desse preconceito da diferença, podem ser vistos de outra forma, uma forma mais positiva. E mais importante ainda que eles acreditem nisso, e se tornem pessoas melhores. Grandes artistas, filósofos, e etc. Seria muito bom se todos enxergassem que não importa como a sociedade te classifica, para que assim cada um possa acreditar no seu potencial e seguir seu caminho sem influências negativas.