O artista Português nascido e criado nas margens do Tejo tem espalhado um pouco por todo o mundo "pedaços" da sua obra ímpar no panorama da street art. Contudo foi ao deparar-se com os velhos billboards na capital portuguesa, queimados pelo sol e pelo tempo, com sobrepostas mensagens publicitarias sob aquelas paredes que foram outrora testemunhas apagadas da revolução que mudou definitivamente o seu país, Alexandre Farto viu nelas a metáfora ideal do desenvolvimento humano.
Decidiu por isso "dissecar", explodindo estuque e pondo a descoberto tijolo, de forma a "trabalhar essas paredes como fragmentos do passado" em vez de (se) sobrepor nelas. E não é por acaso que o uso da (enrogada) figura humana é tema central nos seus muros. Vhils pretende com eles questionar a identidade "sobre o modo como ela é diluída ou é afetada pela cidade".
Decidiu por isso "dissecar", explodindo estuque e pondo a descoberto tijolo, de forma a "trabalhar essas paredes como fragmentos do passado" em vez de (se) sobrepor nelas. E não é por acaso que o uso da (enrogada) figura humana é tema central nos seus muros. Vhils pretende com eles questionar a identidade "sobre o modo como ela é diluída ou é afetada pela cidade".
Até 5 de Outubro no Museu da Electricidade em Lisboa, é possível dissecar um pouco do artista (e da cidade) naquela que é a sua maior exposição a solo: "Dissecção".
Uma arte de fato acessível, que nos integra a esse mundo fantástico. É desse tipo de arte que precisamos.
ResponderExcluirSou uma apaixonada por arte urbana. Aquela arte inacreditavelmente pouco valorizada que pode se encaixar em qualquer esquina, casa ou rua. Gosto de prestar atenção aos muros no caminho para a PUC e imaginar como seriam com trabalhos de grafite. A maioria é cinza, fria e morta, o que me incomoda bastante. Viver em uma cidade transpirando cor e criatividade é um dos meus sonhos. Fiquei encantada com o trabalho do Alexandre Farto, essa união perfeita entre história e arte. Me pareceu alguém que, assim como eu, viu potencial nas paredes ignoradas da cidade.
ResponderExcluirEu amo arte urbana de paixão! No segundo período fiz um trabalho sobre intervenções urbanas, o que me deixou ainda mais apaixonada. É uma forma incrível e gratuita de todos terem acesso aos mais diversos tipos de arte. Amo amo amo!
ResponderExcluirGenial!!!! Adorei a segunda imagem! Tem vezes que vejo cada obra de arte na rua, tenho até vontade de deixar um recadinho perguntando quem fez aquela maravilha, muitas vezes esses artistas nem são reconhecidos, mas são incríveis!
ResponderExcluirGabriel Franco -15h
ResponderExcluirMuito bacana esse tipo de intervenção urbana. É sempre legal nos deparamos com arte ao longo do trajeto que fazemos de compromisso a compromisso e mais interessante é quando é algo que nos faz pensar. Um sujeito aqui no Rio chamado Alberto Serrano ilustra os muros da cidade com histórias em quadrinho. Uma delas, que muitos já viram por aí, é uma chamada "Zé Ninguém", em que um retirante vem para o Rio a procura de sua amada "Ana", ele mora nas ruas e é acompanhado do seu cachorro vira-lata.
Olha só: http://revistatrip.uol.com.br/so-no-site/entrevistas/quadrinhos-de-rua.html
http://www.cultura.rj.gov.br/entrevistas/hqs-urbanas
Fico abobada com a percepção de mundo dessas pessoas! Incrível, fiquei até sem palavras. É o tipo de arte que pode-se passar horas observando e ainda não se terá absorvido ou reparado em tudo que está nela contida.
ResponderExcluirA arte urbana é uma forma de trazer felicidade a algo que perdeu a vida, seja um muro, seja um poste, seja uma cidade inteira.
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