uma perdida
um chateado
dois destinos
um ônibus
um bate papo animado
olhares e sorrisos
encontrar alguém especial
no lugar mais improvável possível
descer do ônibus
olhar para trás
para uma história
sem chance de se realizar
vida que segue...
( Poema de Priscila Izabel dos Santos, aluna de Comunicação Social da PUC-Rio.
Arte: pegadas de pedra, de Iain Blake )
Acho mesmo muito triste essa vida rápida. Imagina só, quantas vezes você já se deparou com pessoas lindas e interessantes nos lugares mais improváveis... E no fim das contas? Passou! Fico pensando em quantas vezes já cruzei por aí com o amor da minha vida. Eu nunca vou saber. O que fazer? Deixar a timidez de lado e aproveitar as oportunidades? Vai saber...Belo poema, Priscila, parabéns!
ResponderExcluirLembrei do poema do Vinicius: "A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida" Lindo poema, Priscila. E a foto é uma rima rica, Favilla. :)
ResponderExcluirO que realmente balança o nosso coração é o amor... Acredito sinceramente que encontramos o amor de nossas vidas nesses pequenos momentos, mas nossa vida passa tão rápido que não nos prendemos aos pequenos detalhes.... Poderíamos viver histórias tão legais... Temos que tirar os fones do ouvido para podermos viver essas experiências..
ResponderExcluirMuito obrigado Favilla e meninos que bom q gostaram...
ResponderExcluirParabéns Priscila, muito bom o poema.
ResponderExcluirAcho que mais do que a correria dessa vida moderna, o poema diz muito sobre nós também. Usamos desculpas como essa falta de tempo para justificar muitas vezes nossa passividade em relação a vida. Na verdade, serve não só para justificar a passividade como uma série de situações.
Até como diz o poema, tudo acaba, cada um vai para o seu lado e ponto. O que fazemos no dia a dia para mudar isso? Nada. É mais fácil reclamar, do que agir.
Bom poema Priscila.
Parabéns pelo poema! Dar atenção a esses momentos é descobrir a poesia no dia a dia.
ResponderExcluirMuito bom saber que temos aqui um espaço para divulgar nossos textos, nossa poesia, enfim...Muito legal, Favilla!
Nathália Oliveira
Concordo com a minha xará,rs. Muitas vezes vivemos no automático e deixamos pra trás momentos que não se repetem. Precisamos acordar para o que acontece a nossa volta. Certamente,além de proporcionar momentos únicos,isso nos evitaria muitos incômodos,não é mesmo?
ResponderExcluirUaaau. Não conhecia esse lado "poeteiro" da Priscilla. Lindo!
ResponderExcluirQueria ser mudadora de histórias mesmo... apagar o ultimo verso, reescrevê-lo...
A autora que não me entenda mal. O poema é belíssimo, verdadeiro. Só me deixa triste.
Com sua licença vou me intrometer.
Ela desce do onibus, apressada. Perdeu o ponto, distraída com a conversa. Teria que voltar 10 quadras a pé. Ela pensava "Por que não perguntei o nome dele? Por que nunca tenho coragem de dizer o que quero? Droga! E ainda vou chegar atrasada no trabalho." Ela estava com tanta pressa... Corria desesperadamente pra bater o ponto. Quando finalmente chegou no trabalho, tirou a mochila das costas e reparou num pedacinho de cor colado em sua mochila. Era um post-it amarelo, com um nome estranho escrito seguido de um número de telefone. Ela sorriu. "Ele tinha mesmo cara de Gustavo."
E o último verso, solitário, viraria um par. Seria:
Um post-it amarelo...
O nome. O sorriso.
Thalyta eu adorei o final que vc deu no meu poema. Para vc entender o fim do poema vou lhe contar como obtive inspiração para fazê-lo...
ResponderExcluirEu estava perdida indo para Magé e esse menino tinha perdido o celular (isso ocorreu no carnaval), conversamos durante mais ou menos 2h e foi muito legal até eu descobrir q ele é marinheiro e que ia passar 8 meses no Líbano.. por isso que esse fim dessa historia infelizmente ñ tem como ser diferente..
Isso mesmo Pri, nossa vida é feita de teias, os caminhos são incertos, são diferentes, se cruzam ou se separam. Cada decisão que você toma te leva pra outro lugar. Acho que seria maravilhoso se nós tivessemos a autonomia de sair da nossa rotina, mudar de ideia, pegar o onibus errado, afinal ele pode te levar a um caminho certo. O que importa não é o caminho, mas as pessoas que partilham esse caminho com você. Lindo poema!
ResponderExcluirEu sempre penso nesses encontros desencontrados que acontecem nas grandes cidades (principalmente). Caminhando pela rua pode-se encontrar alguém que chame muito a nossa atenção... no metrô, no ônibus. Vivemos numa cidade de hiperestímulos, e o nosso olhar tem que se multiplicar/dividir para dar conta de tanta coisa que nos acena. Tento sempre fazer um exercício de não dispersar o meu olhar e, `as vezes por 5 segundos, fixar a imagem que me chamou atenção.
ResponderExcluirUau!! Adorei Priscila parabéns!! Muita sensibilidade no poema, gostei muito! A vida é feita desses desencontros, na correria do dia-a-dia. Nós que estamos sempre indo de uma lado pro outro olhando para o relógio e ás vezes eu paro e me pergunto: será que estou deixando alguma coisa passar sem perceber? será que estou aproveitando tudo que posso? Pena que não posso responder nenhuma dessas perguntas, mas espero que a rotina não esteja me deixando passar a vida.
ResponderExcluirLindo o poema da pri! Me fez pensar mt na minha vida, e em quantas oportunidades eu perdi e quantas pessoas incriveis eu deixei de conhecer por bobeira, por vergonha, por timidez. E isso é mt recorrente, sempre me pego pensando nisso, penso naquilo que devia ter dito, naquilo que devia ter feito, mas não fiz.
ResponderExcluirPois é, né? Pode acontecer com qualquer um, a qualquer momento... Eu acho que nós temos que sair de casa pensando que "esse pode ser o dia que vou encontrar o amor da minha vida". As coisas ficam muito mais bonitas assim (inclusive nós mesmos, né? Ninguém quer encontrar o amor da vida todo descabelado, com olheira, roupa amassada...). Acho que é assim, não deixaremos esses momentos passarem despercebidos.
ResponderExcluirArrasou, Pri!
Pri! Fiquei impressionada quando você me mostrou esse poema pela primeira vez. Por que escondeu sua veia artística por tanto tempo?
ResponderExcluirÉ uma sensação agridoce encontrar pessoas assim no "meio do caminho".
Às vezes não é nem nada romântico, mas alguém interessante. Conversa fiada em transporte público pode parecer chato, em geral a gente está cansado, só quer ficar na sua. Mas aí vem o destino e te surpreende. E você encontra alguém, que em uma situação diferente, poderia desempenhar um papel maior na sua vida. Seja amizade ou amor.
No entanto, o destino é irônico e até um pouco sádico. E esse alguém interessante que te surpreendeu desce no próximo ponto. E você fica parada lá pensando "foi bom porque aconteceu ou ruim porque não continuou?"
Nossa, já encontrei tanta gente bacana no ônibus, no elevador, nas filas da farmácia, do supermercado. Tanta história diferente, tanta gente diferente. Oportunidade pra conhecer pessoas novas é o que não falta. Ficamos sempre com vergonha do que o outro possa pensar e deixamos na maioria das vezes de nos comunicar. Isso realmente me faz parar pra pensar em quanto saber observar ao nosso redor é importante. Nossa visão ás vezes parece tão pequena pra tanta coisa. Deixamos tanto passar nessa rotina atropelada. Mas felizmente posso dizer que conheci muitos amigos e amigas esbarrando na rua, nas filas.. Afinal, é isso que a gente leva pra vida.
ResponderExcluirAcho engraçado como existem pessoas que acompanham sua trajetória há anos e, de certa forma, não faz diferença nenhuma na sua vida, não te marcou, não te cativou, e pessoas que passam minutos, segundos que podem mudar sua vida. Já conheci pessoas maravilhosas que me marcaram muito durante o nosso breve "momento" e depois, como disse no poema, vida que segue... É muito triste essa sensação de não poder ter algo mais, de sentir ali o começo, meio e fim de algo que te marcou.
ResponderExcluirParabéns! Adorei o poema!
ResponderExcluirAcho muito legal pensar nos caminhos que a vida vai nos levando e pensar nas coisas que vem e passam. Será que poderia ter sido de outra maneira? Será que se eu não tivesse feito aquilo, isso teria acontecido? Fico me perguntando se tudo na vida acontece por um motivo. Lendo o que a Pricilla escreveu e pensando nisso, será que o final era mesmo pra ser assim? Será que eles se encontraram por acaso ou era o destino?
Palavras soltas. Palavras soltas como duas pessoas soltas, vagando por aí, sem rumo... Duas pessoas que talvez dariam certo juntas, talvez se completassem, gostassem das mesmas coisas e tal. Ou não. Talvez duas pessoas que brigariam muito, que se detetassem e gritassem uma com a outra o tempo todo. Mas é só um 'se', é só um olhar, uma passagem, um desejo momentâneo. A vida é uma correria, e não podemos ficar pensando em hipóteses, né? Melhor se agarrar nas certezas. É, vida que segue...
ResponderExcluirO que uma conversa como essa te ensina? Por que uma pessoa desconhecida tem interesse em dividir uma história com você, se é bem provável que ela nunca mais vai te ver? É um gesto sem interesse, gratuito. Te faz lembrar que você pode ser o que quiser e que a inspiração está ao seu redor. E quem sabe ainda não há um pouco de conto de fadas na cidade?
ResponderExcluirEm meio a rotina, muitos momentos passam despercebidos. Aquela conversa clichê no elevador, aquele bom dia daquela pessoa simpática que você nem sabe o nome. Passamos muito rápido pela vida. A vida está diante dos nossos olhos, mas tudo o que nos preocupa é olhar para o relógio, seguir a rotina, trabalho-casa-trabalho, correndo. São tantas possibilidades que desfilam na nossa frente. São tantas pessoas, cada uma com sua história, que viram robôs idênticos que seguem automaticamente o caminho de sempre.
Andamos sempre alertas na cidade. Tudo é ameaça. E se você fugisse do normal? Que tal, por exemplo, descobrir o nome daquele vizinho que sempre pega o elevador com você, mas você sempre dá só um bom dia desanimado e vira as costas? Uma conversa pode salvar o dia.
O mais importante é estar aberto para tudo a seu redor. Se ficamos presos sempre as mesmas pessoas, ao mesmo estereótipos, as mesmas situações deixamos passar tanta coisa. O melhor da vida é aquilo que não calculamos, o inesperado. Se deixarmos as expectativas de lado a vida acaba nos mostrando caminhos inimagináveis.
ResponderExcluirLindo poema, linda imagem. Pessoas que entram e saem de nossas vidas, histórias que marcam: paixões, decepções, alegrias, tristezas, viagens, amores e lembranças que ficam no caminho que é determinado por nossas escolhas. Viver e aprender, isso sim é uma boa escolha!
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