O professor não o oferece à distância para a recepção audiovisual ou "bancária " (sedentária , passiva ), como criticava
o educador Paulo Freire. Ele propõe conhecimento aos estudantes , como o artista propõe sua obra potencial ao público . (...)
O aluno não está mais reduzido
a olhar , ouvir , copiar e prestar contas . Ele cria , modifica, constrói, aumenta e, assim , torna-se co-autor (...) O professor disponibiliza um campo de possibilidades, de caminhos que se
abrem quando elementos são acionados pelos alunos . Ele garante a possibilidade de significações livres e plurais e, sem perder de vista a coerência com sua opção crítica embutida na proposição ,
coloca-se aberto a ampliações , a modificações vindas da parte dos alunos .
Uma pedagogia baseada nessa disposição à
co-autoria, à interatividade, requer a morte do professor narcisisticamente investido o poder . Expor sua opção crítica à intervenção ,
à modificação requer humildade . Mas ,
diga-se humildade , e não fraqueza ou minimização da autoria, da vontade , da ousadia .
Sim!!! Adoro esse quadrinho e concordo! Uma educação justa não é dar educação igual para todos. Somos indivíduos diferentes, e com necessidades diferentes!!
ResponderExcluirAdoro essa imagem, ela reflete muito do que eu penso a respeito de educação e principalmente justiça!
ResponderExcluirE concordo muito com Freire quando fala que o professor deve prover uma educação crítica e libertária, e não mais aquela coisa antiga de um fala e o outro consente.
As escolas, mais que as universidades, precisam rever seus métodos educativos para ontem! Faria do mundo um lugar melhor!
O método atual de ensino é ineficiente por uma razão: ele não é atual. ë antigo, arcaico, com mais de 500 anos de história. Feito em outra sociedade, outro mundo, para outras pessoas. Já não tem mais força e validade porque contradiz com o mundo moderno. A escola é vista como um inimigo, pregando tudo contrário a forma que se vive e como se leva no dia a dia.
ResponderExcluirE é exatamente o problema da forma atual de se examinar. Esse método uniforme não respeita a individualidade e a diferença das pessoas, assim como o método de ensino não respeita a diferenças das gerações. O pior é que isso vem justamente de educadores, que pregam esse ideal, essencialmente contrário a uma educação realmente eficaz.
Assim que vi essa imagem me veio na hora aquela frase do Einstein na cabeça: ” Todos somos geniais. Mas se você julgar um peixe pela sua habilidade de escalar uma arvore, ele viverá toda a sua vida acreditando que é estúpido”. Somos pessoas diferentes com talentos e formas de pensar das mais distintas!
ResponderExcluirGenial. Só isso. Isso reflete muito na nossa realidade. Todos são inteligentes, de maneiras diferentes, em áreas diferentes, afinal, não somos iguais. Por isso, porque nos avaliar da mesma forma?
ResponderExcluirAcho que esse quadrinho e o texto servem não só para o sistema de ensino brasileiro mas para todo o sistema governamental. Não é o fato de sermos diferentes, mas sim o fato de sermos indivíduos, individuais. O governo se propõe a representar todos os indivíduos, mas como isso vai acontecer se poucos detêm o poder de fato. Ou encontramos nosso próprio caminho ou passaremos a vida correndo atrás de ideais errados.
ResponderExcluirAcho que a charge é uma resposta muito boa para aqueles que são contra as cotas. Antes de tudo, não to chamando os humanos de animais, ou melhor os humanos são animais, só que racionais.
ResponderExcluirCom tratamentos iguais, como o da charge, uns se beneficiam e outros não. É isso é muito injusto. A pessoa , que não teve as mesmas oportunidades de alguns em ter acesso a uma boa educação, tem que ter cota para entrar na universidade. Não é justo passar pelo o mesmo processo.
Se com a cota temos poucos cotistas cursando universidades, imaginem se não tivesse.
Com certeza essa imagem é uma reflexão do modelo de educação que vemos hoje. Desde pequenos somos "obrigados" a aprender a escrever com "X" anos, aprender a ler com "Y", a estar alfabetizado com "Z" .. E quem não "segue" essa regra é atrasado, retardado. Somos taxados como indivíduos plenamente iguais, com as mesmas necessidades e vontades. Porém sabe-se que as experiências individuais é que realmente formam cada pessoa. Experiências essas que se anulam completamente quando somos comparados da mesma forma. Julga-se a partir de um modelo, de um padrão considerado o melhor. As particularidades acabam sendo descartadas.
ResponderExcluirE Tiago Roedel, concordo com seu comentário. O acesso a estudantes vindos de escola pública as faculdades, na maioria das vezes, se dá pela cota. É um fato: até existir uma educação de qualidade em que a "competição" (vestibular) se dê de forma igualitária as cotas terão seu lugar. Infelizmente as autoridades tomam as cotas como desculpa para não investir em educação. Ela deveria ter sim um prazo de validade, quem sabe os responsáveis começariam a pensar em uma forma decente de mudar a educação pública.