Ubuntu é uma ética ou ideologia de África (de toda a África). É uma filosofia africana que existe em vários países de África que foca nas alianças e relacionamento das pessoas umas com as outras. A palavra vem das línguas dos povos Banto; na África do Sul nas línguas Zulu e Xhosa. Ubuntu é tido como um conceito tradicional africano.
Uma tentativa de tradução para a Língua Portuguesa poderia ser “humanidade para com os outros”. Uma outra tradução poderia ser “a crença no compartilhamento que conecta toda a humanidade”e ainda “Sou o que sou pelo que nós somos”.
Uma tentativa de definição mais longa foi feita pelo Arcebispo Desmond Tutu:
uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não-preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e tem consciência de que faz parte de algo maior e que é tão diminuída quanto seus semelhantes que são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos.
Li no http://www.contioutra.com/

"Consciência de que fazemos parte de algo maior" é só o que falta no mundo! Cada dia que passa tenho mais convicção de que as pessoas estão se trancando nos próprios umbigos, quase literalmente. Acredito que temos muito a que aprender com a diversidade cultural africana e me surpreendeu tomar conhecimento desse conceito que “une” o continente de uma maneira tão bonita e essencial. Chega até a ser assustador pensar o quão necessária essa noção parece para a vida em sociedade e depois lembrar que estamos tão longe desse ideal... Obviamente, isso não significa que a África esteja em total harmonia social e cultural, mas só de saber da existência de uma palavra ou conceito que dê conta desse sentimento já é reconfortante.
ResponderExcluirQuero uma camisa com “Ubuntu” estampado! Hahaha
Fui procurar mais sobre na internet e achei esse video - com um visual meio brega - do Nelson Mandela falando sobre Ubuntu e achei legal :)
https://www.youtube.com/watch?v=RGFdkBI0TcI
Bem-vindo, Daniel. Grato por dividir o link.
Excluir=)
É muito importante sermos reconhecimos por algo inovador, como o artista por trás de qualquer criação. O problema que nós cerca atualmente em relação a isso é o egocentrismo.
ResponderExcluirSomos o que somos por tudo que absorvemos a nossa volta e dificilmente percebemos isso. Eu refleti melhor sobre esse assunto e foi o gancho para a reflexão do mesmo, o comentário do Favilla abaixo do meu último sobre o texto Vida de clichê.
Eu considero um fator muito importante para que essa absorção cultural a nossa volta seja aproveitada: a humildade. Temos muito que manter uma horizontalidade entre as relações humanas, nunca podemos ficar por baixo ou acima, já que somos a parte do todo, não aparte dele.
Daí a importância da busca pelas identidades e o respeito pelas diferenças, Pedro Aurélio.
Excluir=)
Me lembrei das misses que viraram até motivo de chacota quando perguntadas o que desejavam para o mundo e respondiam "A paz mundial!". Lindo, mas ninguém se interessa muito em perguntar o que significa a paz mundial, ou ainda, o que é preciso para alcançá-la de fato. Ubuntu é isso. Ubuntu é o que devemos almejar para uma verdadeira paz. Compartilhamento, cooperação, humanidade, generosidade, tolerância, caridade...Ubuntu é isso.
ResponderExcluirUbuntu é nossa percepção no tempo e no espaço, nossa insignificância perante ao universo e nossa significância perante à nossa terra/Terra. É a percepção do outro, dos outros, sejam eles quem forem, para além das fronteiras do preconceito, do desconhecido e da limitação superficial. Ubuntu é a superação do capitalismo e do plano material e o encontro com a essência.
Obs.: Que fotografia linda e emocionante!!
Sinto que essa palavra tem muito a ver com o que muitos da sala responderam no que lhes inspiram no mundo na primeira dinâmica. Acho que é exatamente deste ponto que partimos para nossas profissões como comunicólogos. Devemos todos admirar e respeitar o que temos de diferente pois somos todos parte de um todo.
ResponderExcluirFilosofia humanística e necessária. Deveríamos ser orientados por esses valores! Entendi o conceito ubuntu como uma conexão do indivíduo e sociedade. É estar conectado a ponto de sofrer com a dor do outro. Não que as pessoas não devam cuidar delas mesmas, mas cuidar de si e ajudar o outro. É um ciclo sem fim, eu mantenho a comunidade bem quando eu estou bem e os outros também.
ResponderExcluirNa nossa sociedade, cada vez mais competitiva, não nos importamos com a dor do outro. Incentivados o tempo todo a sermos os melhores, deixamos de nos preocupar com o bem-estar social e nos preocupamos apenas com o individual, e a sociedade se torna cada vez mais egoísta. Precisamos ser os melhores na escola/faculdade para nos ‘’prepararmos para o mercado de trabalho’’, e assim, desde cedo, somos encorajados a não pensarmos no próximo.
Isso é só mais uma prova de que independentemente de onde nascemos ou da cultura que vivenciamos, todos nós seres humanos temos instintos e pulsões que priorizam a vida, a vida da humanidade como uma mesma família, apesar dos instintos voltados à morte, à violência e à falta de amor ao próximo que também constituem uma parte de nós. A grande diferença é a influência que os padrões sociais de cada cultura exercem sobre as pessoas, exacerbando ou minimizando as potencialidades negativas existentes nesses indivíduos. Ubunto deveria ser um conceito usado internacionalmente para que impedíssemos o sofrimento pela fome, pela guerra, pela exclusão social, pela miséria de tantas pessoas que morrem todo dia por causa de um monte de pessoas iguaizinhas a elas, mas que se julgam superiores. E fazemos tanto isso sem perceber. Nos compadecemos com uma criança refugiada que amanhece morta, mas não nos preocupamos com o mendigo que vemos todo domingo perto da igreja, ou com a criança de rua que pede um lanche. Simplesmente nos sentimos superiores a essa pessoas, nos sentimos melhores que elas sem razão nenhuma pois se fossem nossos filhos, ou outros parentes, amigos, pessoas que amamos ali, íamos desesperadamente tentar ajudar. O que falta então para amarmos essas pessoas que fazem parte da nossa grande família humana?
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