quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Lixo é texto.

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Sim, você provavelmente deve estar pensando “ok, vamos lá, essa é mais uma daquelas matérias que falam sobre transformar lixo em arte”. Você está certo, mas a diferença desse artista que  é que ele não muda o lixo de lugar, apenas cria em cima daquele lixo já existente, o que torna o trabalho dele ainda mais criativo!
O nome do artista espanhol é Francisco Pájaro e, desde 2006, ele já praticava intervenções urbanas. Mas, uma lei proibiu as pessoas a usarem equipamentos públicos urbanos com finalidades artísticas. Foi ai que entrou a genialidade do cara que pensou: “opa, no lixo eu posso criar a minha arte”, e assim ele começou a colocar a mão na massa, ou melhor, na tinta.
Li no http://www.zupi.com.br/

5 comentários:

  1. Nuno Quinhões Ramalhosegunda-feira, março 09, 2015

    Usar o lixo como arte não é novidade na contemporaneidade, especialmente se é buscado dar beleza a ele. Acredito, porém, que furtar o lixo de seu caráter "grotesco" priva-o de sua potência estética. mentimos demais em nosso discurso vestimos máscaras sobre máscaras e o lixo nos obriga a olhar para nós mesmos de uma forma mais sincera. Por conta disso, provavelmente, o lixo tenha ganhado cada vez mais espaço em galerias e museus mas tirá-lo de seu estado de natureza quebra seu contexto, dizer que o lixo se torna arte quando está no salão é um equívoco, eu acredito que a arte seja uma expressão do interior do indivíduo e o lixo é isso a todo momento nosso problema é o medo de assumir isso.

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  2. Fico sempre encantada com pessoas que mostram ter um outro olhar sobre o cotidiano. Nos deixamos levar tanto pela rotina que esquecemos de reparar mais nos detalhes, nas oportunidades, nas transformações. Esse artista optou pelo diferente, teve outro olhar e percebeu remadores, animais, corpos onde a maioria de nós só veria uma grande quantidade de coisas sem utilidade.
    Usar o lixo como expressão de arte sempre me remete também a críticas em relação ao consumo. Quando vejo uma obra que usa esse tipo de material como matéria prima sempre me questiono sobre a intenção do artista de nos chamar atenção pra quantidade imensa de coisas que descartamos todos os dias.

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  3. Giulia Bruno (13h)domingo, março 29, 2015

    A alguns quilômetros de Miami, uma das cidades que mais produz lixo nos EUA, existe uma oficina que vem dando vida nova ao que parece apenas "resto". É reciclagem em outro nível! Até uma motocicleta completamente feita de lixo eles construíram. O que esse pessoal super criativo e consciente já captou é que mudar nossa atitude perante o lixo é uma necessidade urgente. As quantidades de lixo produzidas no nosso planeta são absurdas e mesmo assim as coisas ficam cada vez mais descartáveis e geram cada vez mais e mais lixo. Artes com esta podem ajudar a mudar o nosso olhar para começarmos a agir de maneira mais responsável. Acho que é uma questão de sobrevivência.

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    1. Gisele e Giulia, a obsolência programada (já viram o filme?) é fato e condicionou a humanidade a consumir sem critério algum. O resultado é visível e sinistro. Cabe aos artistas transformar o condicionamento em colírio e nos fazer enxergar novas possibilidades. Enquanto é tempo. =)

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