Ariano Suassuna conquistava pessoas por onde passava com sua inteligência, simpatia e excelente humor.
Nesse pequeno vídeo, fala com seu delicioso sotaque paraibano sobre algumas histórias de “loucos”, à sua maneira: simples e despretensioso. Depois, segue discorrendo sobre a sabedoria que identifica nas diferentes percepções de realidade de quem sofre transtornos mentais e compara os “loucos” aos poetas. Termina, então, com excelência, citando o exemplo de um jantar pomposo a que foi convidado quando assumiu a cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Do jantar, nos fornece exemplos que provam que a verdadeira loucura não é do louco e sim daquele que vive uma vida de superficialidade sustentada em aparência, arrogância e ignorância. Os loucos mesmo, esses sim são sábios!
Li no http://www.contioutra.com/
Que alma incrível! Ariano Suassuna é um grande orgulho pra literatura brasileira, um escritor repleto de magia e simplicidade, que retrata como poucos o interior de um Brasil que muitas vezes e faz metido à besta e vira só “a garota do Rio”. O Brasil de “A Pedra do Reino” e do “Alto da Compadecida” é tão ou mais rico que a burguesia nariz-em-pé do sul e sudeste. A religiosidade, a sagacidade e as tiradas engraçadas das obras de Ariano dão cor a um povo que luta muito, e faz como pode, se vira com o que tem, para ir levando a vida. Sobre a loucura e toda essa questão de status, acho cada vez mais que é tudo sobre convenções e aceitação cultural. Por que é mais louco aquele que faz o que quer? Porque tantas regras e tanta aparência? É isso? Ser normal é acatar a um molde pré-estabelecido e seguir em frente, engravatado e empacotado, sem sequer olhar pro lado e dar uma espiadinha na mecha de cabelo solto do colega ao lado? Acredito que não. Pode parecer idealizado e brega, mas ainda acredito – e espero não me corromper ao longo dos inevitáveis desvios do caminho – que louco mesmo é quem não se permite cair de cara no chão e sentir o asfalto quente te mostrando: “ei, você tá vivo! Bora, levanta!”.
ResponderExcluirDá-lhe. Gabriela. É bem por aí.
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A gente nasce em uma sociedade que é constituída de leis e padrões preestabelecidos. Isso nos impede de refletir sobre o próprio ciclo de que fazemos parte. Nós ficamos com medo e tão estagnamos com a mesmice que não fazemos nada para que algo seja mudado.
ResponderExcluirPerceber o mundo a nossa volta, se questionar, fazer comentários ou dar soluções para algo, já fazem parte dessa mudança. Buscar conhecimento e perceber as diferentes visões de mundo do próximo, já faz parte dessa caminha de descentralizamento de si. Sair da zona de conforto nos faz mais felizes pois conseguimos entender o que realmente importa.
“A maior viagem que um ser humano pode fazer é sair de si e ir até o outro.”
São Agostinho
Excelente reflexão, Pedro.
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