A Língua das Coisas - A Linguagem das Coisas de Caraminhola Filmes on Vimeo .
Em um sítio, distante de tudo, vivem o menino Lucas e seu avô. O avô só sabe a língua do rio, dos bichos e das plantas. Lucas está cansado da rotina de pescar e das histórias inventadas pelo avô, que diz pescá-las no rio: palavra por palavra. Um dia, a mãe de Lucas vem buscá-lo para morar na cidade. Mesmo contrariado, o avô o encoraja a ir para aprender a falar língua de gente. Na escola, a nova língua não entra na sua cabeça. Não cabe. E pra piorar, ele começa a escrever uma língua inventada, só dele. Todos pensam que ele tem um parafuso a menos. Em seguida, sua mãe recebe a notícia da morte do avô. De volta ao sítio, Lucas corre em desespero na esperança de encontrá-lo, na ilusão daquela notícia ser uma história inventada. Mas não é. Desolado, ele se senta a margem do rio, e sem se dar conta, dezenas de palavras são trazidas pela correnteza.
E, aquele que não morou nunca em seus próprios abismos nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas, não foi marcado. Não será exposto às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.
Manoel de Barros
Li no http://www.contioutra.com/
Caramba, que coincidência!
ResponderExcluirNão sei se você percebeu um dia que eu tava vendo esse curta aqui na sala. Você parou do meu lado, olhou e saiu. Fiquei pensativa, e agora entendi. (Ou então foi só coincidência mesmo). Mas enfim: mais uma homenagem pro nosso querido Manoel... e adorei a ideia de pescar palavras! São elas que nos alimentam, não são? Não sei explicar, mas achei muito linda essa analogia... um rio, um avô e seu neto, pescando palavras. Não é uma cena bonita?
Yael, sou completamente apaixonado por ele.
Excluir=)
somos dois =)
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